Monday, May 28, 2007

recado a Lisboa...

Dedicado a Paula Vitória Bernardes-Silva (alfacinha de gema, exilada muito recentemente em terras da Outra Banda) e a David Carapeto (Sevilhano, residente em Madrid, apaixonado por Lisboa).


Lisboa, querida mãezinha
Com o teu xaile traçado
Recebe esta carta minha
Que te leva o meu recado

Que Deus te ajude Lisboa
A cumprir esta mensagem
De um português que está longe
E que anda sempre em viagem

Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa

E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar
João Villaret, Recado a Lisboa

Estou, no preciso momento em que escrevo este post, a olhar para um dos telejornais. Vejo um candidato à Câmara Municipal de Lisboa a ser recebido por velhinhos com rosas, palmas, abraços, beijos. Eleições intercalares – louvável desfecho para uma autarquia arguida –, meritório expediente, exercício de lucidez, até porque Lisboa é melhor do que aparenta. Uma Lisboa de paredes rabiscadas e imundas, o asfalto esventrado, os carros aos montes por cima dos passeios ou estacionados em segunda fila, a má qualidade de vida numa cidade barulhenta sem árvores nem jardins, fruto de uma urbanização desarvorada. Uma colectividade que se deseducou e não sabe para onde vai. Sem escola e sem escol, sem autoridade e sem amarras, uma Lisboa sem convicções (ver Marcello Duarte Mathias, in Diário de Paris 2001-2003). Lisboa sofre do provincianismo de que Joyce se queixava em Dublin. Lisboa e o seu pequeno mundo de malícias debatendo-se por mínimas benesses, favorecimentos políticos e mediáticos, autarcas brigando como crianças puxando os dois braços da mesma boneca de trapos. Esta Lisboa já figurava n’ “Os Maias” de Eça de Queiroz, e no “Fradique”, e noutros lugares sarcásticos de outros romances do homem que melhor nos viu à lupa, e esta Lisboa continua por aí, com a diferença que os grandiosos já não citam Descartes, pela elementar razão de que nunca ouviram falar neste fundador da filosofia moderna. Uma cidade europeia que tem em Abril tardes de Agosto, com o sol a deitar-se no Tejo, com direito a caipirinha no terraço do Centro Cultural de Belém ou nos bares à beira rio do Jardim do Tabaco, deveria fazer felizes os seus munícipes. Mas existem duas Lisboas: uma frente para o Tejo e outra de costas voltadas. Na Lisboa que deita os olhos sobre o rio, dois ou três bairros têm conseguido preservar a identidade, pela coexistência das lojas e dos cafés com o comércio requintado, e do povo com a burguesia urbana remediada ou rica. Campo de Ourique é uma destas reservas, uma paisagem com dignidade e não danificada por centros comerciais que lembram “Le Domaine des Dieux”, o urbanismo do futuro caricaturado em Astérix. As ruas de Campo de Ourique estão repletas de lojas, cafés, pastelarias, consultórios e escritórios. O espaço convida ao convívio. Os cafés continuam a ser locais de leitura do jornal e de encontro com os amigos para dar dois dedos de conversa. Os bairros velhos, como a Mouraria, a Madragoa e o Bairro Alto, ameaçam ruína e temem o incêndio e o sismo que os aniquilaria. Alfama é uma coutada, tal como a Lapa, por razões simétricas. Paisagem protegida para pobres de um lado e ricos do outro. Quando se sai do perímetro da cidade histórica e se chega a Sete Rios ou a Campolide, vemos como cresce outra Lisboa, medonha, com empreendimentos que a si se chamam Park, embora não se vislumbre verde nem projecto que o plante. O nome estrangeiro é um símbolo de provincianismo e cria a ilusão de que os condóminos viverão numa cidade humana, com parque, hidrossementeira, revestimentos vegetais, aplicação de geotêxteis e sistemas de rega, desfrutando da paz e tranquilidade que tudo isto lhes oferece. Os preços, esses são internacionais, iguais aos do Marais em Paris ou dos bairros residenciais de estilo georgiano em Londres. “Park” é o truque de magia que faz desaparecer as colmeias suburbanas que se avistam das janelas das torres de marfim inacessíveis, onde se entra pela garagem. Sem poder ignorar o subúrbio da esquina ou do bairro da lata que lhe jaz aos pés, o condomínio cresce em altura e busca os deuses como uma catedral gótica. E fecha-se. Com guardas, portões e sistema de vídeo vigilância. Os miseráveis começam a incomodar os mais abastados. Começam a roubar-lhes os carros; a ameaçá-los com facas e seringas à porta de casa; a extorqui-lhes a carteira e o cartão de crédito. As Brandoas, as Serafinas e as Liberdades ameaçam com mãos sujas. Bairros meio demolidos, meio escombros, meio malandragem, antigos ninhos de alguns dos bandidos mais célebres, antigos guetos da cidade de Lisboa. Onde a encosta se precipita, as habitações são caóticas e instáveis, reconversão tosca das centenas de barracas ali erguidas desde o início do século XIX. Uma cultura marginal aperta o coração de Lisboa (ver Clara Ferreira Alves, in Lisboa, A Pluma Caprichosa I). Trinta e três anos depois do 25 de Abril, Lisboa progrediu, mas não conseguiu acabar com as manchas de miséria, enquanto a novíssima cultura do automóvel se rendia a estradas novas, as CRI e CREL construídas à sombra da União Europeia, e o novo riquismo saliva perante os condomínios fechados, que fazem furor na parte oriental e reabilitada da cidade. Um mostrengo foi ganhando vida, e quando se sobe ao Castelo, não se domina apenas uma ampla vista do Tejo e de grande parte da cidade, avista-se, também, um emaranhado de guindastes e blocos de cimento onde morre o sol e desmaia o céu azul-ferrete. É uma Lisboa composta de pedaços sem harmonia, ao serviço do capricho arquitectónico ou do especulador imobiliário. Os mais endinheirados, como em L.A. – Beverly Hills, ou em grandes cidades da América do Sul, abrigam-se atrás dos muros e contratam empresas de segurança. Lisboa merece umas eleições decentes, uma equipa inteligente, um projecto humano para a cidade. Modelos há muitos, Singapura, Barcelona e Dubai. Mas Lisboa deve abandonar a mania das reproduções e pensar, desde logo, na sua relação com as outras margens. Mais eléctricos em Lisboa. Há cem anos, Lisboa era uma cidade criadora: só elevadores e funiculares fizeram-se pelo menos cinco em poucos anos. Os eléctricos sobrevivem, e não é por acaso. O eléctrico é de novo o transporte do futuro; cidades como Nantes reinventaram-se em torno dele. Com a topografia de Lisboa, chega mais barato onde o metro ainda não chegou (Rui Tavares, ruitavares.weblog.com.pt). Megalópoles como São Paulo ou Nova Iorque têm mercados semanais ao ar livre – são práticos, agradáveis e higiénicos. Lisboa não tem. São um elemento de ligação com o campo e um pólo de vida comunitária. Acima de tudo, dão jeito (Fernanda Câncio, http://5dias.net/).

Não obstante algumas mágoas, eu gosto de andar pelas ruas de Lisboa, gostei de estudar na capital, nas Faculdades de Letras e de Direito de Lisboa ou no ISCTE, e gostei de trabalhar na cidade: 24 de Julho, Rato e desde há um ano na 5 de Outubro (com o Nimas, do outro lado da rua); gosto de passear no Chiado (pequena pérola da cidade, bares simpáticos, gente atraente, a Bertrand, a Fnac, o S. Luiz e o Mário Viegas, o museu de arte contemporânea, alfarrabistas e livreiros em sábados de manhã na Rua Anchieta); espreitar a livraria do teatro nacional e descobrir o prazer de me encontrar rodeado de estantes recheadas de peças de teatro, estudos teatrais, livros técnicos, revistas, vídeos e discos, e belos livros que contam as histórias de espaços e pessoas do teatro que fazem parte da nossa memória colectiva; andar pela Avenida da Liberdade, a mais bela artéria de Lisboa, segundo Pessoa; passar pela Buchholz (embora há muito que não a visito); atrever a inscrição em qualquer comunidade de leitores, na Culturgest, por exemplo, onde partindo do título do livro se propõe a analisar figuras da Literatura (estão a ser discutidas as “canónicas” Lily Bart, Isabel Archer e Anna Karenina, até outras menos conhecidas); trocar o leitor de DVD pelo King Triplex e deleitar-me na Cinemateca, aí em companhia de cinéfilos encartados; lanchar calma e anonimamente no Chá da Lapa, na Rua do Olival; perder-me no Museu de Arte Antiga (nas Janelas Verdes), ou no do Azulejo (qualquer espaço museológico da cidade serve); abrandar nos jardins do Palácio do Monteiro-Mor, um edifício do século XVIII, onde estão sedeados os Museus Nacionais do Teatro e do Traje e da Moda, vasta zona verde delineada em jardins à inglesa, com pequenos recantos românticos ao gosto da época, cascatas cantantes, lagos de recorte natural, fontes escondidas e tanques povoados de rãs e peixes. Aqui se encontraram o poeta Almeida Garrett com a escritora inglesa Mrs. Norton, filha de Thomas Sheridan, autor de "English Laws for Women in the nineteenth century": o poeta evocou este encontro na poesia "No Lumiar" na sua célebre obra Folhas Caídas; (re)ver com atenção o espólio do Museu da Farmácia, espaço de qualidade impar, enquadrando-se no âmbito dos museus de ciência e tecnologia; meditar na Igreja de Santos-O-Velho (ou em muitas outras), quando vazia; fazer yoga, perto da Feira da Ladra; ir à Gulbenkian, qualquer que seja o pretexto; ouvir os sons de jazz no histórico Hot Clube de Portugal, cave escura na Praça da Alegria, entrada suspeita - uma porta pequena, iluminada por um candeeiro de luz fraca; jantar nos mais recentes restaurantes da moda que trocaram a cozinha saudável, por uma tábua de queijos tradicionais, enchidos e um bom vinho; assistir ao que de melhor se faz em Portugal em matéria de teatro, ou seja, ir ao Bairro Alto, à Cornucópia, através da mão de Luís Miguel Cintra (neste momento em cena a comovente Gaivota, de Anton Tchekov) ou, em alternativa, ceder à tentação do Convento das Mónicas e “ouvir” Bohumil Hrabal, através da interpretação de António Simão. E que bom é poder voltar a ver João Perry nos palcos, o “Homem dos Olhos Tristes”, a convidar-nos a reflectir sobre a solidão e o individualismo da sociedade actual, ali mesmo no Teatro Aberto, na Praça de Espanha; esquecer-me das horas no antigo Largo do Directório (agora com o nome do teatro), onde fica o São Carlos, edificado em 1792, em homenagem à Princesa Carlota Joaquina de Bourbom, por iniciativa de vários comerciantes e capitalistas de Lisboa. Noutro registo mas digno de nota, até por respeito pela história contemporânea de Lisboa, lamento que o Parque Mayer tenha sido desprezado (durante décadas e por vários executivos), a Broadway portuguesa, como consta nos manuais da história do teatro de revista, de Luiz Francisco Rebello ou de Vítor Pavão dos Santos (recordo a propósito e com saudade um trabalho que fiz, em co-autoria, para o Prof. Manuel Rio de Carvalho, sobre a força castradora do lápis azul nos textos da revista). Criado no início dos "loucos anos 20" com a ambição de ser um pólo teatral, o Parque Mayer impôs-se como centro da revista e feira popular moderna, sobreviveu à censura de Salazar e Caetano, à rádio e ao cinema, ao futebol, à partidarite da revolução, à televisão e às telenovelas, embora tenha atravessado várias crises. Fixou-se no imaginário nacional como a "catedral da revista". A suposta decadência não evitou a gula disfarçada de propostas de remodelação urbanística, em crescendo desde finais dos anos 60. Entre as diversões que passaram no Parque Mayer destacam-se as "barracas de tiros", os bailes (de fim-de-semana, ou de Carnaval), os circos Royal, El Dorado e Luftman, as "barracas" do "Pôrto de Lisboa" (miniatura animada da Ribeira) ou de "fenómenos" como a "mulher transparente" e a "mulher-sereia" e as pulgas amestradas, o labirinto e a roleta diabólica, a laranjinha, as "variedades", o jogo do quino, o jogo clandestino (para os mais aventureiros), os carrosséis e os fantoches, o Pavilhão Infantil, os "carrinhos de choque", a patinagem, os combates de boxe, a luta greco-romana e a luta livre. Independentemente do género (“A coisa mais parecida como teatro em Portugal são os espectáculos de revista”, António Pedro) o Parque, onde circularam os mais destacados actores e actrizes, autores, encenadores, cenógrafos, coreógrafos e empresários, sonhos e misérias, grandes vedetas, duvidosas atracções internacionais, termómetro da vida social e politica, com ou sem Frank Gehry, merecia consideração… Já em 1977 Vitorino de Almeida confessava que amava a cidade, mas queixava-se, com assumido cinismo, dos que a deixaram apodrecer, abandonando os edifícios com história; o compositor descrevia Lisboa como uma espécie de Gata Borralheira, à espera dum príncipe, ou até dum simples barão, dum político, dum burocrata, ou fosse de quem fosse, que percebesse, pelo menos, alguma coisa de sapataria. Um grito corrosivo que inclui, apesar de tudo, um sorriso de esperança.

É nesta cidade que nasceu e tem vivido uma das pessoas mais cultas com quem privei, com quem já trabalhei e de quem gosto incondicionalmente, Paula Vitória (Bernardes-Silva), licenciada em história, professora, tradutora, revisora de texto, actriz num extinto teatro, o Adoque, no Martim Moniz, técnica superior no Ministério da Educação, novamente docente, apaixonada por Lisboa e por noitadas no Lux, onde é guiada pelos mais conceituados DJs; uma Natália Correia dos tempos modernos; exuberante com a sua boquilha. Recordo sempre a Paula e os seus infindáveis conciliábulos com os colegas do departamento do ensino secundário. A sua pose, a voz, o riso, a irreverência, num misto de desafio e de fragilidade, não deixam ninguém indiferente. Sorte do seu querido Antinoos, o Miguel, embora este bafejado de melhor destino que o amante grego de Adriano. Há qualquer coisa na Paula que me faz recordar a Sra. Crowe, de Retrato de Uma Londrina (in The London Scene, 1931/32), magnifica personagem criada por Virginia Woolf. O grande dom da Sra Crowe consistia em fazer com que a vasta metrópole parecesse reduzir-se à dimensão de aldeia, com solar e umas vinte e cinco casas. Ela tinha informações de primeira mão a respeito de cada peça de teatro, cada filme, cada julgamento, etc. E tendo feito tais observações ao longo dos anos, a Sra. Crowe adquirira um importante acervo de informações. Assim, se uma peça de teatro estreava com grande sucesso, a Sra Crowe era capaz, no dia seguinte, não só de reportar o facto adicionando-lhe algum divertido pormenor de bastidores, mas também de remontar a outras noites de estreia, e descrever o que se passara mas com um enquadramento invejável, era como se todas as páginas da cidade nos últimos anos fossem ligeiramente desfiguradas para divertimento e espanto de quem a ouvia. Assim parece a Paula. Retrato de Uma Lisboeta.

O que eu gosto de Lisboa, minha tão minha cidade onde nunca vivi. Não voto em Lisboa, mas ainda assim espero que vingue um projecto digno para a cidade.

Aconselho a leitura de Lisboa: What the tourist should see, de Fernando Pessoa. Importa salientar que esta obra não é curiosidade avulsa, "insere-se, de facto, num vasto plano de intervenções que Pessoa congeminava por volta de 1919 para lutar contra aquilo que, segundo em escritos inéditos, chamava a nossa ‘descategorização europeia’, a nossa ‘descategorização civilizacional’ ", como escreve Teresa Rita Lopes, no prefácio.
Apreciar este olhar sobre Lisboa...

27 comments:

Maria P. said...

Magnífico!

Seria a primeira a impedir " a força castradora do lápis azul" nestas linhas soberbas!

Maria Faia said...

Olá Luís,
"(...)Lisboa e o seu pequeno mundo de malícias debatendo-se por mínimas benesses, favorecimentos políticos e mediáticos, autarcas brigando como crianças puxando os dois braços da mesma boneca de trapos(...)".

Se tu gostas do meu blog, que direi eu do teu...
O excerto que retirei da tua postagem e que aqui transcrevo, diz bem como vejo Lisboa, cidade onde não vivo, nem sobrevivo...
Acrescento somente a corrida infernal, em completo desvario, das gentes que lá vivem ou laboram, em qualquer canto, andar, rua ou beco.
Ah! Como eu amo a minha "aldeia" e a paz com que ela me presenteia...

Beijo para ti.

Anonymous said...

Recordo Lisboa: lembra-me aquela velha senhora, já um pouco trôpega é verdade, mas ainda de doces e belas feições e um porte altivo e nobre. Recordo Lisboa: já lá vão três anos... o museu da arte antiga e de arte moderna, o elevador de santa justa, a brasileira, a rua do ouro, o castelo de s. Jorge , o rio Tejo , e as duas pontes, os eléctricos amarelos tão típicos desta cidade e tanta, tanta coisa mais... confesso que sou um apaixonado de Lisboa.

Suspiros said...

Ai, Lisboa...

Vulcano Lover said...

Obrigado
E obrigado sobretudo pelas palavras justas que dedicas a Lisboa. Cidade não real. Inventada, talvez sonhada. Fim do rio, começo da agua, do océano infinito e azul. As cidades são belas, porque são imperfeitas. E mesmo assim, amamo-las. Seguramente sempre há coisas que uma cidade tão especial como Lisboa não merece. Pessoas que não trabalham por nem pensam en um crecimento digno e equilibrado da cidade... mas seguro que já houve outras ocassiões como esta... e a vossa lisboa resurgiu... porque hà cidades que tenham uma força inextinguível, e seguramente lisboa seja uma delas... no facto de haver gente como tu o futuro sempre pode ser melhor... (eu acho)
Um abraço muito forte... que bela lisboa...

un dress said...

perder-se...em lisboa...

gosto muito de me perder lá.

gosto muito também de me perder

de mim...às vezes.



beijO.luís

Maria said...

Que lindo passeio deste sobre Lisboa, nestas linhas...
E o poema logo no início, que eu ouvi na voz de Beatriz da Conceição, à medida que o lia...
Excelente este post.
Parabéns!

o Reverso said...

para mim, lisboeta de gema, foi emocionante ler o que aqui se transcreve e escreve.
coisas que sinto mas não sei dizer.
vou passear pelas ruas deste blog.

agradeço, com total sinceridade, a possibilidade de espreitar um pouco da tua cultura (não queria empregar a palavra, mas outra não me ocorre).

obrigado.

Menina do Rio said...

Bom dia Luis,
Fico imensamente grata por sua visita e pelas palavras deixadas em meu blog...lisonjeada até pela comparação. Pelo pouco que sei de Florbela ela escrevia em intenção de um grande amor sentido. Eu também. Mas ela é única e eternizou-se na poesia enquanto eu apenas alivio o coração pelas palavras.

Beijos de Boas vindas

Anonymous said...

è um enorme prazer ler-te sempre

Anonymous said...

Thank U!
Sempre k aki venho, bebo e mato um pouco a minha sede...
E quando parto, levo algo comigo.

Estamos crescendo como escritor, é?
Óptimo!
=)

isabel mendes ferreira said...

e Lisboa bem precisa de quem assim se entrega....




genial post.




________________abraço.

Anonymous said...

Luis, ainda hei de encontrar esta portinha iluminada a candeeiro e toda lisboa e todo portugal. E ter em mãos um livro teu, com todas estas tuas aulas de humanismo e história, de gente miuda e gente importante, de fatos e acontecências. Por favor: o livro, o livro.
abraços
maristela
tua fã brasileira deslumbrada

Chawca said...

Apesar de todos os problemas, a cidade parece mesmo ter um charme irresistível....

Citei o blog no Thinking Blogger Award, dá uma conferida por lá...

Um abraço..

Leticia Gabian said...

Muito útil pra mim tudo que (d)escreves. Já visitei Lisboa, mas em breve irei viver lá.
Beijo pra ti

Anonymous said...

Meus bisávós nasceram em Portugal, moraram em Lisboa antes de vir para o Brasil. Sempre quis ir conhecer a cidade, mas ainda não foi possível. Um dia com certeza irei, pois cada vez mais tenho atração por essa terra.

teresamaremar said...

As imagens, as citações e depois as palavras pessoais... conjunto apaixonado de quem uma cidade ama. Como eu entendo...
e na distância, na ausência, na saudade que se faz, a paixão mais se e(n)leva
:)
voltarei a ler mais tranquilamente este post, porque me leva de volta a casa.


Sugiro uma visita a um recanto onde Lisboa respira em detalhes únicos:

www.lisboantiga.blogspot.com

vou voltar mesmo mais logo
Um bom dia

poetaeusou . . . said...

/
luis
lisboa será "tudo isso" ?
/
os olhos dos escritores,
dos poetas,
ou dos pseudo poetas, como eu,
sãos crus de realidades, irreais...
/
ai, lisboa
das canoas,
sem cais
e as colunas ?
"onde estais" ?
/

jguerra said...

É verdade, meu caro, Lisboa tem encantos que se vão destruindo, roubando-lhe o que de bom tem. Lisboa é dos prédios, do betão, dos túneis, dos centros comerciais, dos carros, do trânsito, do caos... infelizmente. Parece que quem aí vive já nem se apercebe. Quem aí viveu e aí retorna por vez, vê-lhe a progressiva decadência, remando contra o que outras cidades europeias vão construindo e conquistando (estou a lembrar-me do eléctrico que desaparece em Lisboa e ressurge em muitas outras capitais, por exemplo, ou ainda dos espaços verdes para estacionamento, ou de prédios mais antigos para condomínios de alguns, e povo para serviços).
Obrigado pela visita ao meu blog.
Gostei do teu, da profundidade.
Abraço.

Ka said...

Quanto aos defeitos, revejo na minha cidade (o Porto) o que falas da tua.
Mas realmente o que encanta nesta descrição é mesmo a parte que devemos aproveitar em Lisboa...essa cidade de Luz. Encanta (e faz um bocado de inveja pela comparação com a minha confesso) a variedade de formas culturais que podemos aproveitar e viver.
Enfim nem mais digo pois perante tal descrição qualquer palavra sobra...
Fica apenas uma ideia: devias editar um livro de crónicas...fossem elas dos locais que tão bem conheces como Lisboa ou Londres, ou de livros que vais lendo (como este último que é realmente delicioso), ou de filmes que vais vendo.
Com tanto lixo editado por pseudo-escritores que até têm sucesso (arrrgggh custa tanto ver as pessoa a lerem tamanhas futilidades), concerteza que o teu seria um prazer de comprar pela forma como resumes , mas mais...transmites o que vais vendo, lendo,vivendo, etc

Ps - Adorei reviver as minhas idas á feira popular pela mão dos meus tios. Só ficou mesmo a faltar o jardim zoológico..hehe

Unknown said...

É por estas e por outras que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem!
O verbo "fugir de lisboa" conjugado neste tempos...
Um abraço.

Anonymous said...

Foi atribuído ao nosso blog (Alcobaça : Gentes e Frentes), pelo blog Do Mirante, o prémio Blog com Tomates, que agradecemos.

Em conformidade com o estatuto do prémio, seleccionámos, por ordem alfabética, e com o cuidado de não repetirmos nenhum já seleccionado, os seguintes blogs:


A pensar morreu um burro
http://apensarmorreumburro.blogspot.com/

A professorinha
http://aprofessorinha.blogspot.com/

Infinito Pessoal
http://infinito-pessoal.blogspot.com/

O Sino da Aldeia
http://osinodaaldeia.blogspot.com/

São Martinho do Porto
http://s-martinho-do-porto.blogspot.com/

Fernando Pinto said...

A capital do país, a das sete colinas, está descaracterizada... Amo-a, por vezes (muito por culpa da sua luz cinematográfica) e odei-a (muito por culpa do manto negro que a entristece, sem ser fado).

Abraço,
Fernando Manuel

Fernando Pinto said...

odeio-a, digo...

Art&Tal said...

bem bom bem bom

sem perdas de tempo

Unknown said...

Viva Luís!
Ao ler o seu texto sobre Lisboa, não posso deixar de o convidar a visitar a minha livraria onde poderá encontrar quase tudo sobre temas e autores de Lisboa.
Fico, portanto, a aguardar a sua visita à "Fabula Urbis". No respectivo site encontrará a agenda dos eventos que organizamos e que poderão também justificar uma vinda ao local.
Grande abraço
Carmo Gregório
www.fabula-urbis.pt

Anonymous said...

Peço Asilo Político, Je demande Asile Politique, Ich verlange politisches Asyl, I ask for Political asylum
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Resistência Portuguesa Militar e Civil Anti Pide/D.G.S.E. -----

Liberdade, Democracia, Justiça, Imprensa, Direitos Humanitários. Sim.
Ditaduras, PIDE/D.G.S.E., Tortura, Fome, Corrupção. Não Obrigado.
Peço Asilo Político, Dinheiro, Doente e Invalido com Fome em Tribunal com Dívidas.
Enviar dinheiro para a Anti Pide/D.G.S.E..
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Liberté, Démocratie, Justice, Presse, Droits Humanitaires. Oui.
Dictatures, PIDE/D.G.S.E., Torture, Faim, Corruption. Non Merci.
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Si ne peut pas imposer la paix, peut convaincre par l'exemple. -----

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Freiheit, Demokratie, Justiz, die Presse, Humanitäre Rechte. Ja.
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Wenn nicht aufdrängen kann der Frieden, kann durch das Beispiel überzeugen. -----

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