
Le Corbusier, Arte e arquitectura conta com o apoio da Fondation Le Corbusier e ramifica-se em três módulos contemplando maquetas, pinturas, esculturas, desenhos e edições originais convidando-nos a compreender a evolução do pensamento deste arquitecto suíço e a explorar as dinâmicas existentes entre a sua arquitectura, pintura e objectos "evocadores de emoções poéticas". Se é verdade que as mostras dedicadas à arquitectura são muitas vezes algo a roçar o hirto pelo que me foi dado a observar ali isso não sucede. O museu desenvolve um conjunto de actividades de âmbito didáctico para que possa viver melhor esta exposição e até eu fui cobaia por parte do monitor Luís Rodrigues para dar substância à problemática da ilusão em arte (receei que, tal como acontece com uma personagem de um filme do neurótico bem-humorado Woddy Allen, pudesse desaparecer no meio de um baralho de cartas, mas não!!!).
Nessa mesma noite e a este propósito tive ainda a oportunidade de assistir a Câmara Clara/RTP2 que convidou uma perita em história da arquitectura moderna e contemporânea e João Luís Carrilho da Graça, o arquitecto luso em cuja obra a ascendência de Le Corbusier é mais evidente. Nuno Teotónio Pereira, Nadir Afonso, Beatriz Colomina, William Curtis e o presidente da Fundação Le Corbusier pronunciaram-se, igualmente, sobre aquele que ficou famoso como "o arquitecto do século”.
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Pode até ser uma forma abundantemente prosaica de celebrar a visita a uma exposição, mas a verdade é que após a mesma regalámo-nos que nem uns doidos, numa esplanada de Paço de Arcos, à volta de pratos de caracóis, cervejas e de três excelentes garrafas de vinho. Não somos filhos de Le Corbusier mas comemoramos a vida, também…