Tuesday, January 30, 2007

a ética do aborto...

Será que abortar um feto humano é assassinar? Este é o problema ético do aborto e é nele que incidem seis ensaios reunidos em a ética do aborto (organização e tradução de Pedro Galvão). Três autores defendem uma posição pró-escolha; outros três defendem a posição pró-vida. Este livro proporciona assim uma introdução aos aspectos centrais do debate do aborto, dando a conhecer os melhores argumentos que cada uma das partes tem para oferecer. A introdução do livro afasta alguns dos equívocos que continuam a marcar a discussão pública do aborto. Nos ensaios seleccionados, alguns dos melhores especialistas mundiais em ética aplicada discutem o estatuto moral do feto, o infanticídio, o mal de matar e o direito da mulher a controlar o seu corpo. Contra quem pensa que as convicções éticas de cada um são intocáveis e que, no que respeita ao aborto, nos resta medir forças no plano político, este livro mostra que o debate crítico e racional da ética do aborto não só é possível, como também é profundamente desejável.

A larga maioria dos Portugueses não conhece com precisão o que vai ser referendado. Sem querer ser paternalista, o meu conselho é que o cidadão prefira fontes onde o aborto é discutido sem grandes estados de alma, sem ataques pessoais, sem distorções e com o desenvolvimento que o problema merece. Neste sentido, o livro A Ética do Aborto, Perspectivas e Argumentos, parece-me ser um excelente ponto de partida.

14 comments:

Vulcano Lover said...

Não fazia ideia que em Portugal ainda não se tinha feito uma legislação para o reglularizar... Parece-me muito tarde, não?... Em Espanha não foi necessário referendum nenhum e alcanzou-se um acuerdo numa votação do projeto de lei no congresso de diputados no que primeiramente aceitou-se para dois casos só e depois ampliou-se para máis casos. Apesar de que a lei fosse muito criticada na época (jà 12 anos que se aprovou) depois a polémica passou ao esquecimento geral e agora jà ninguém fala disso aquí e mesmo muita gente da que protestara, fez uso dela nestes anos... qué curiosa é a vida, não é?

Anonymous said...

Uma boa sugestão de leitura, sobre um problema actual muito importante.
Já agora aconselho-lhe a leitura do artigo do Dr. Justo:
" Aborto - despenalização da interrupção voluntária da gravidez " inserido no seu blog a 2006-10-18. Vale a pena ler.

http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&pagina=2&mmes=10&anon=2006

PintoRibeiro said...

A reter, embora subscreva muito do que dizes e vá votar NÃO. Um abraço.

Amaral said...

Pouco mais há a dizer sobre o tema, tanta coisa se diz por sí!!!
Acredito que estes seis ensaios nos possam trazer algum esclarecimento, pelo que é sempre bom ler e tornarmo-nos mais conhecedores.
No teu texto, apenas uma dica quanto ao "direito da mulher a controlar o seu corpo."
Será que a mulher tem algum controlo sobre o feto, sobre o seu desenvolvimento e evolução?...Não será a Natureza que está "a fazer tudo"?...

SÓNIA P. R. said...

O aborto não tem ética. Bom dia.

Luís said...

Ora aí está o que me parece ser um bom elemento de documentação para a sociedade portuguesa.

Boa escolha!

Anonymous said...

Sem dúvida um tema de grande actualidade, que, como dizes e muito bem, deve ser discutido "sem grandes estados de alma", ou seja, o mais friamente possível.
Acredito que esse livro pode contribuir para o esclarecimento - ponderação do pocisionamento a tomar no referendo.
No meu caso particular tenho a minha opinião formada. Há muitos anos.
Defendo a educação, desde a mais tenra idade, sobre o sexo e as suas consequências.Defendo a prevenção, defendo o direito à vida DIGNA (em todas as suas dimensões). Defendo o não fechar os olhos sobre falsos moralismos.
Jamais defenderia o aborto como escolha, sem mais ... como método contraceptivo.
Continuo a dizer: EDUCAR. Educar para os valores humanos, para a dignidade, para a saúde.
Defendo uma sociedade inclusa.

Não creio que uma mulher opte por abortar de animo leve.

Uma sociedade que não educa, também terá o direito a penalizar?
Uma sociedade que constantemente lança nas suas margens, milhões e milhões de desempregados, que têm elevadíssimas taxas de abandono escolar, de mães adolescentes, pode levar ao banco dos réus, mulheres que vivem nestas franjas e que optam por, colocando em risco a sua própria vida, em vãos de escada, não colocar mais vidas em iguais circunstâncias?

As vozes a favor do Sim e do não, infelizmente não são isentas de factores económico. Clínicas de ricos e vãos de escada - em ambos corre o factor dinheiro ...

Onde fica a ética e a moral?
Deixo as questões. Eu tenho o meu posicionamento. Sou contra a hipocrisia!!!!!

Um abraço, brother ...

Anonymous said...

Estimado Luis,

Pois a ética, a ética ...

Pois, pois e a moral, a moral...

Qual delas é a matriz da outra?

É Pelo Aborto: NNNNão
É pela Despenalizaçao da mulher:SIIIIM
MJCorreia

Maria P. said...

Sem dúvida uma excelente leitura.

Mas algo me incomoda nesta questão, como acontece em muitas mais, é o aproveitamento de algumas "caras conhecidas" que em nada ajudam a clarificar o assunto, fazendo deste tema uma mera passadeira para mais uma vez desfilarem, apenas...

Boa noite Luís.

PintoRibeiro said...

Abraço,

achama / Sonia R. said...

Bom post. Boa noite.

caminante said...

Desde el mismo instante de la concepción existe un ser humano, una persona humana. Científicamente es indiscutible.
En la fecundación in vitro ¿que se transfiere? ¿Qué buscan los padres
al acudir a una clínica de fecundación in vitro? ¿Se esperan tres, cuatro, cinco...semanas?
Destruir un embrión humano es siempre matar un ser humano indefenso, el más indefenso.
Cosa muy distinta es penalizar a la mujer. Nadie sabe las razones que pudieron llevarla a esa decisión.
Comprender, disculpar, no criminalizar... de acuerdo.
Decimos en mi tierra -entiéndase bien- "Amiguiños, sí. Pero a vaquiña polo que vale".
Un fortísimo abrazo.

Tino said...

Para mim, este assunto não tem discussão. Um país que não educa, não pode penalizar. Se por outro lado, educar, não se porá certamente a questão da penalização porque esta não faz sentido quando o problema cessa de existir.
Face a este raciocínio, o debate necessário não é aquele que se está a fazer.
Como é que algo tão simples se pode tornar tão complicado?

Um abração!

Anonymous said...

acho uma atitude de atrocidade extrema para com o ser humano um crime para consigo mesmo até pq sao pessoas que uma vz que nao se importaram com sua propria saude e tao somente bem estar expondo-se ao flagelo das DST e nao só, vao por em risco o futuro daqueles que nao virao a existir graças ao seu proprio egoismo BINHO