Tuesday, February 20, 2007

cartas de iwo jima...

Letters From Iwo Jima
"As Cartas de Iwo Jima" mergulha no lado dos soldados japoneses. Décadas depois da batalha, são desenterradas no local várias centenas de cartas que revelam facetas desconhecidas dos soldados que aí perderam a vida. Os japoneses estavam cientes que dificilmente sobreviveriam à batalha. Entre eles estavam Saigo, um padeiro que só queria conhecer a filha recém-nascida; um campeão Olímpico de hipismo conhecido em todo o mundo; um jovem ex-agente da Polícia Militar a quem a guerra ainda não roubou os ideais; e o tenente Ito, um militar que preferiria o suicídio à rendição. A liderá-los, o general Tadamichi Kuribayashi – as suas viagens pela América revelaram-lhe o quão vã é a guerra, mas também lhe deram a visão estratégica necessária para enfrentar a armada americana. Com poucos meios e poucos soldados, mas uma vontade indómita de vencer, o general tira partido das particularidades da ilha e consegue transformar aquilo que se previa como uma derrota rápida num combate heróico. Em Iwo Jima morreram quase sete mil soldados americanos e mais de 20 mil japoneses. «Cartas de Iwo Jima», o filme de Clint Eastwood sobre a sangrenta batalha entre norte-americanos e japoneses em 1945 é o segundo filme do actor e realizador sobre um dos momentos-chave da campanha no Pacífico durante a segunda guerra mundial, depois de «As bandeiras dos nossos pais», que apresenta a mesma batalha na perspectiva dos norte-americanos, os vencedores. Um filme com cenas inesquecíveis. É lamentável que tantos soldados japoneses tivessem morrido, mas foi devido ao sacrifício deles que o Japão é hoje um país pacífico.
Acho excelente que um norte-americano tenha sido capaz de mostrar as vítimas japonesas. Se este filme fosse de japoneses, estes seriam acusados de nacionalismo. Confesso não ter ficado admirado quando li que muitos japoneses choraram quando viram «Cartas de Iwo Jima».

11 comments:

Nuno Guronsan said...

Eu não chorei mas senti cá dentro as emoções que percorrem os protagonistas. E derivado do meu conhecimento ao vivo e a cores de algumas realidades asiáticas, sinto que Mr. Eastwood tirou um instantâneo quase perfeito do que esta guerra significou num povo, na altura, em grande mudança.

Luís said...

Mais uma excelente sugestão... fica na manga para este fim-de-semana =)

Maria Romeiras said...

Gostei bastante da dupla perspectiva e da humanidade que passa, sobretudo em Iwo Jima.

Frioleiras said...

Luís,
Onde é o Ler Devagar, agora ?
thks
F.

Anonymous said...

Obrigado pela sugestão. Ainda não vi este filme, mas irei vê-lo assim que me for possível. Um tema muito interessante e um realizador, Clint Eastwood,cada vez melhor, que já se está a tornar lendário pela excelente qualidade dos seus filmes.

Anonymous said...

Obrigado pela sugestão.

Elsa Sequeira said...

Olá!!!
Que boa sugestão!!!
Deu assim um no cá dentro, mas fiquei curiosa!!!


beijinhso!
:)

Anonymous said...

No estoy seguro de entender este comentario tuyo:
mas foi devido ao sacrifício deles que o Japão é hoje um país pacífico
¿Si esos miles de soldados japoneses no hubieran muerto Japón no habría resultado tan pacífico después? Es posible, pero si es cierto es terrible, que haya que pagar ese precio.

Maria P. said...

...e o mar aqui tão perto.

Anonymous said...

Luís:
Uma vez mais a conduzires-nos para uma Sala de Cinema. Não para um filme qualquer, mas para um que cruza variáveis muito específicas:
- a visão dos japoneses sobre o sangrento confronto no rochedo Iwo Jima e que facilitou a vitória dos americanos.
- um excelente realizador, Clint Eastwood
- uma teia de afectos “secretos” de todos nós (as nossas cartas). Aquilo que escrevemos apenas a quem amamos. Quando amamos ... enviadas ou não.

Que mais “argumentos” necessitarias para nos “convencer” de que devemos ver este filme?
Pois a mim, “brother”, já convenceste.

Bjs
Mel

isabel said...

ja está na lista

é caso para dizer: quanto mais velho melhor (C. Eastwood)