Por natureza e educação, sou avesso a revelar intimidades e a abrir-me a desconhecidos. Porém, nesta altura da vida em que agora me encontro, é talvez o momento de abrandar certas defesas e aflorar algumas “matérias reservadas” que possam interessar a memória colectiva de uma época. João Freire in Pessoa comum no seu tempo. Memórias de um médio-burguês de Lisboa na segunda metade do século XX .
Ontem teve lugar no ISCTE a sessão de apresentação do livro Pessoa comum no seu tempo. Memórias de um médio-burguês de Lisboa na segunda metade do século XX, da autoria de João Freire. Contou com intervenções do autor e de testemunhas do seu percurso de vida. Sociólogo e Professor Catedrático aposentado. Autor de um estudo brilhante, Homens em Fundo Azul Marinho. Ensaio de Observação Sociológica sobre uma Corporação nos Meados do Século XX, tem como actividades de investigação a sociologia do trabalho, histórica e política; a indústria, organizações e profissões; e a sociologia da vida económica. Ou seja, uma das mais destacadas e consideradas figuras das ciências sociais em Portugal. Mais importante do que isso (para mim, obviamente) foi o facto de ter sido meu professor de Sociologia do Trabalho e orientador de tese de mestrado. Demonstrou ser uma pessoa excepcional e singular, quer em termos humanos, quer em termos técnicos. Exemplo de vida, poço de humildade, integro e com carisma. O seu talento está bem patente nas memórias que agora nos dá a conhecer. Linhas que dizem muito! A minha timidez não permitiu dizer-lhe isto, aqui fica o que sinto e as memórias estou a desfolhá-las com muito interesse!!!
Ontem teve lugar no ISCTE a sessão de apresentação do livro Pessoa comum no seu tempo. Memórias de um médio-burguês de Lisboa na segunda metade do século XX, da autoria de João Freire. Contou com intervenções do autor e de testemunhas do seu percurso de vida. Sociólogo e Professor Catedrático aposentado. Autor de um estudo brilhante, Homens em Fundo Azul Marinho. Ensaio de Observação Sociológica sobre uma Corporação nos Meados do Século XX, tem como actividades de investigação a sociologia do trabalho, histórica e política; a indústria, organizações e profissões; e a sociologia da vida económica. Ou seja, uma das mais destacadas e consideradas figuras das ciências sociais em Portugal. Mais importante do que isso (para mim, obviamente) foi o facto de ter sido meu professor de Sociologia do Trabalho e orientador de tese de mestrado. Demonstrou ser uma pessoa excepcional e singular, quer em termos humanos, quer em termos técnicos. Exemplo de vida, poço de humildade, integro e com carisma. O seu talento está bem patente nas memórias que agora nos dá a conhecer. Linhas que dizem muito! A minha timidez não permitiu dizer-lhe isto, aqui fica o que sinto e as memórias estou a desfolhá-las com muito interesse!!!
12 comments:
Temos que dizer o que sentimos para as pessoas que nos ajudam a formar nosso caráter... ou aumentar nossa cultura..
Sorte para o sucesso do livro do seu professor,,,
Um abraço
Adoro esse tipo de livros...
Muitas felicidades para o seu professor.
Bjs Zita
Que gostoso encontrar um professor em tais condições.
Beijinho
Olá Luís
Dei por mim parada à tua porta, com os olhos fixos na tua escrita, hoje...pois é, cada vez que aqui venho fico seduzida pela tua forma de escrever; li a tua crónica sobre a little Madeleine e a reacção e sofrimento dos Pais; e, li sobre o aniversário do teu filho João, já com 14 anos.
Como consegues deixar-me hipnotizada com as linhas que escreves? Revi momentos da minha Vida, pois trabalhei durante 2 anos na Maternidade Alfredo da Costa. Enfim...
Homens compram jornais na tabacaria da esquina, antes de subirem a Rua do Alecrim. Na loja onde se vende o bacalhau, havia barricas de sangacho, castanhas piladas, grão de bico ao litro e peixe seco.
Avisto o edifício da Câmara de Lisboa, belo e limpo, a fachada toda branquinha e trabalhada; chegamos à Praça do Comércio e entra na Rua da Prata, está prestes a terminar a minha aventura no eléctrico da carreira 15.
Tenho saudades desses instantes suspensos, sim, mas do que tenho mesmo saudades, é de me sentar no chão. Não no muro à beira do caminho, não na pedra à sombra da acácia, mas no chão mesmo.
É isso «saudades de Africandar»…
Beijitos.
Com certeza um óptimo livro!
Abraço
Quem tem bom mestre, acaba por revelar a sua própria mestria.
Bjos.
Luis,
Mais um para a listinha...hehe
Isto assim não dá!!! Vou ter de tirar férias para pôr a leitura em dia :)
Beijinho
Fizeste-me olhar para os meus professores. E sabes o que aconteceu?
Só me recordei dos homens e esqueci os sábios...
Um abraço.
*
e eu que pensei que leria histórias picantes vividas em Lisboa?
brincadeira.
legal que houve esse reencontro.
sempreé bom rever pessoas que marcaram nossa vida.
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Acreditamos no Voluntariado e no que ele tem de melhor para ajudar o Outro. Queremos ser uma Nova Geração para o Voluntariado. Olhamos o Mundo com um Novo Olhar.
Procuramos com o blogue Voluntariado Nova Geração promover e divulgar o Voluntariado Social, enquanto actividade que, através da Solidariedade, do Respeito e da Ajuda, vá ao encontro do Outro, procurando construir uma Sociedade mais justa, humana e solidária.
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«O voluntariado enobrece os Homens…» T. Jefferson
Quem bom professor tem....
Gostei da parte em que te revelas tímido... e lhe dizes aqui o que gostarias de lhe ter dito pessoalmente.
Como eu te compreendo...
O que disse Daniel Santiago faz todo o sentido. Na verdade, olhando para trás, também eu só me lembro dos meus professores homens. Dos sábios esqueci.
Bonita esta homenagem a um homem. Que por acaso é uma referência na minha área de trabalho: Sociologia ... do Trabalho.
Como sempre uma excelente crónica.
Um abraço brother
Mel
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