André Gorz et D., devcant l'usine Renault-Billancourt. Février 1947. SUZI PILLET
Tu vas avoir quatre-vingt deux ans. Tu as rapetissé de six centimètres, tu ne pèses que quarante-cinq kilos et tu es toujours belle, gracieuse et désirable. Cela fait cinquante-huit ans que nous vivons ensemble et je t'aime plus que jamais. Je porte de nouveau au creux de ma poitrine un vide dévorant que seule comble la chaleur de ton corps contre le mien
A noticia da morte do filósofo francês e co-fundador do Le Nouvel Observateur André Gorz não me deixou apático. Uma morte de e por amor, experimentada por um homem que defendeu a possibilidade de uma nova vida, representada por uma revolução capaz de libertar os homens e as mulheres, determinados a construir uma nova sociedade e uma outra forma de vida, para além da sociedade de consumo e da acumulação material.
André Gorz, 84, e a sua mulher Dorine, 83, foram encontrados mortos em casa em Vosnon, lado a lado, por uma amiga que tinha ido visitá-los e encontrou cartas endereçadas a familiares. Autor de "Écologie et Politique" e "Adeus ao Proletariado" era próximo de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. O filósofo tinha-se reformado na década de 1990, para cuidar da mulher, que sofria de uma doença degenerativa. Muito apaixonado, o casal refugiou-se na casa onde foi encontrado. O suicídio choca sempre, este de forma peculiar, uma morte por amor.
Em "Lettre à D. Histoire d'un amour", de 2006, Gorz escreveu a Dorine: "Tu continuas sempre bela, graciosa e desejável. Faz 58 anos que vivemos juntos, e eu amo-te mais do que nunca. Recentemente apaixonei-me por ti novamente e novamente carrego em mim um vazio avassalador que só é preenchido por teu corpo apertado contra o meu." "Essa presença", acrescentou, "foi decisiva na construção de uma obra cuja visibilidade só carrega um nome quando este é o de um casal.".
Nada a acrescentar…
Tu vas avoir quatre-vingt deux ans. Tu as rapetissé de six centimètres, tu ne pèses que quarante-cinq kilos et tu es toujours belle, gracieuse et désirable. Cela fait cinquante-huit ans que nous vivons ensemble et je t'aime plus que jamais. Je porte de nouveau au creux de ma poitrine un vide dévorant que seule comble la chaleur de ton corps contre le mien
A noticia da morte do filósofo francês e co-fundador do Le Nouvel Observateur André Gorz não me deixou apático. Uma morte de e por amor, experimentada por um homem que defendeu a possibilidade de uma nova vida, representada por uma revolução capaz de libertar os homens e as mulheres, determinados a construir uma nova sociedade e uma outra forma de vida, para além da sociedade de consumo e da acumulação material.
André Gorz, 84, e a sua mulher Dorine, 83, foram encontrados mortos em casa em Vosnon, lado a lado, por uma amiga que tinha ido visitá-los e encontrou cartas endereçadas a familiares. Autor de "Écologie et Politique" e "Adeus ao Proletariado" era próximo de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. O filósofo tinha-se reformado na década de 1990, para cuidar da mulher, que sofria de uma doença degenerativa. Muito apaixonado, o casal refugiou-se na casa onde foi encontrado. O suicídio choca sempre, este de forma peculiar, uma morte por amor.
Em "Lettre à D. Histoire d'un amour", de 2006, Gorz escreveu a Dorine: "Tu continuas sempre bela, graciosa e desejável. Faz 58 anos que vivemos juntos, e eu amo-te mais do que nunca. Recentemente apaixonei-me por ti novamente e novamente carrego em mim um vazio avassalador que só é preenchido por teu corpo apertado contra o meu." "Essa presença", acrescentou, "foi decisiva na construção de uma obra cuja visibilidade só carrega um nome quando este é o de um casal.".
Nada a acrescentar…
3 comments:
dá que sonhar.
obrigada... por isso.
beijO
E está tudo dito... Um sonho de vida por amor.
(Tinha-me passado este excelente post!)
Beijinho e boa semana Luís*
"Morte de e por amor" é tão bonita que quase nos esquecemos que não deixa de ser morte.
Como é que na correria do dia-a-dia deixamos passar ao lado a vivência de um amor verdadeiro e com uma vida pela frente, não é?
beijo
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