Thursday, October 11, 2007

os livros que não esqueci...

Maria Helena Vieira da Silva, "Biblioteca", 1949

Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julgámos passar sem tê-los vivido, aqueles que passámos com um livro preferido.
Marcel Proust

A Casa Fernando Pessoa desafiou várias personalidades a participarem no ciclo de conferências Os Livros que não Esqueci. Uma vez por mês, um conferencista evocará os livros que foram fundamentais para a sua vida, os livros que - por vários motivos - não desapareceram das suas estantes e que constituem uma referência da sua vida como leitor. Ontem “estive” com Inês Pedrosa, escutando e partilhando algumas das apreciações acerca das obras escolhidas pela escritora e que embora não sejam propriamente os melhores livros que li, constituíram marcos importantes. Pensei acerca dos livros que não esqueci, conjugando algumas das obras maiores da literatura universal, do meu particular afecto, com livros que foram fundamentais na minha infância e na minha adolescência. Já em miúdo tinha a convicção (ainda que de forma inconsciente) de que uma cultura harmoniosa não prescinde da poesia, pelo que li muito cedo algumas das vozes mais inquietantes, como é o caso da subestimada Florbela Espanca e de José Régio. O Circulo dos Leitores teve uma importância vital no meu amor pelos livros, aquele clube do livro foi de certa forma responsável por conhecer alguns autores considerados um pouco impróprios para a idade que tinha quando me inscrevi, 10 ou 11 anos, e entre outros escritores “ousados” recordo Diderot e a sua famosa Religiosa, o Choderlos De Laclos e as suas cartas em Ligações Perigosas e o ousado sem aspas Henry Miller mais os seus trópicos. Mas através do Circulo viajei com muitos autores portugueses, entre os quais um que até tinha sido médico da minha mãe quando adolescente: Fernando Namora. Ainda recordo e bem Domingo à Tarde e Retalhos da Vida de um Médico. Também as bibliotecas municipais criavam em mim uma certa deferência e prazer pelo mundo da literatura; talvez por isso o meu primeiro emprego tenha sido numa catedral do livro. O prazer da leitura recorda-me o prefácio que Proust escreveu para a sua tradução de Sésamo e Lírios de John Ruskin. Considerado um dos mais belos textos de Proust, este texto apresenta os seus pontos de vista sobre o lugar que os livros devem ocupar na actividade criativa e o seu papel limitado, mas insubstituível, na vida.

Pensar nas obras que nos marcaram em crianças e em adolescentes é uma empreitada deliciosa e pessoal, mas nunca nos deixa satisfeitos, pois flagelamo-nos pelo facto de pensarmos que estamos a esquecer muitas obras relevantes. Decerto que deixo de fora muitos autores que foram marcantes para a minha formação, incluindo alguns portugueses, mas é esse o drama de todas as selecções. Assim a minha lista da infância e da adolescência inclui, entre outros:

  1. Os Cinco e os Sete, Enid Blyton (ficava especado à espera que a papelaria abrisse, debaixo dos arcos, em Évora, para comprar o último número)
  2. As Aventuras de Tom Sawyer e as Aventuras de Huckeberry Finn, Mark Twain
  3. Coração, Edmundo de Amicis
  4. As Férias, Condessa de Ségur (oferta de uma prima, numa edição sem ilustrações – talvez o primeiro livro que li sem me distrair nas imagens)
  5. Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll (li com sofreguidão, mas não sem alguma irritação)
  6. O Rapaz de Bronze, Sophia de Mello Breyner Andresen
  7. O Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos
  8. Os Bichos, Miguel Torga
  9. Uma Família Inglesa, Júlio Dinis
  10. A Promessa, Bernardo Santareno
  11. O Crime do Padre Amaro, Eça de Queiroz
  12. Esteiros, Soeiro Pereira Gomes (e a sua comovente dedicatória, "Para os filhos dos homens que nunca foram meninos, escrevi este livro")
  13. O Monte dos Vendavais, Emily Brontë
  14. O Triunfo dos Porcos, George Orwell
  15. As Mil e Uma Noites
  16. Gabriela Cravo e Canela, Jorge Amado
  17. Sonho de uma Noite de Verão, Shakespeare
  18. Charneca em Flor, Florbela Espanca (li o primeiro soneto publicado num jornal de Évora, teria menos de 10 anos e aquele texto espicaçou-me ao ponto de querer ler todos os outros; Segundo Antero de Figueiredo, “Charneca em Flor” ficará como um dos mais belos depoimentos literários do coração português de ontem, de hoje, de todos os tempos, in Revista Alentejana).
  19. Poemas de Deus e do Diabo, José Régio (O "Sei que não vou por aí" assumiu para mim um peso gigantesco)
  20. Poemas, Fernando Pessoa / Álvaro de Campos
  21. Mensagem, Fernando Pessoa

É uma lista ecléctica e sem cronologia, mas não é o mundo da infância e da adolescência imenso e variado? Seja como for, não serão estes seleccionados os meus livros de cabeceira de hoje, mas sim aqueles que me confortaram em tempos idos, por diferentes razões, a saber: linguagem eloquente; acção que atiçava a atenção; inexistência de complexidade retórica e de ambiguidades alegadamente intelectualizantes; imediata representação do lido na minha pessoa; intensidade emotiva. Outras obras existiram naquele período da minha vida, mas limitei-me àquelas que a memória (e só ela) de momento me sugeriu.

36 comments:

Espaços abertos.. said...

Da tua grande lista de livros mencionada foram vários livros que li,pois é um dos meus grandes vícios.
Bjs Zita

pin gente said...

olá luís
gostei imenso de ler o teu texto.
enquanto o fiz tinha tanto a dizer e agora fiquei quase muda.
também o círculo de leitores foi fundamental para mim, embora a maioria das escolhas fossem feitas pela minha mãe.
da tua lista realço naturalmente os 5 e os 7, o meu pé de laranja lima (para mim uma das maiores ternuras da literatura), o triunfo dos porcos, e florbela espanca.
acrescento na minha lista e como livros que me marcaram;
a) rosa minha irmã rosa (alice vieira) - refiro que não o li na infância mas foi um marco.
b) o admirável mundo novo - aldous huxley
c) só (antónio nobre)
d) sonetos de camões
e) parte dos lusíadas (ainda hoje)
f) crónica do bons malandros
g) lembro-me que li um livro às escondidas. adorei talvez pelo facto de estar a transgredir. um drama entre amnates. émile zola
(tive que ir procurar o nome da obra e fiquei indecisa entre terese raquin ou nana, um destes foi)
h) e gil vicente (por obrigação e devoção)

um abraço
luísa

pin gente said...

e dizia eu que fiquei quase muda... imagina se tivesse falado!

pin gente said...

só mais um comentário:
adorei a biblioteca.
tanto livro, tanta cor, tanta vida...

BlueVelvet said...

Olá Luís,
começo por lhe dizer que fiquei muito feliz por ver aqui um Post novo. Já estava a ficar preocupada.
Este mundo da net é assim: preocupamo-nos com pessoas que não conhecemos.
Também fiquei contente por ver que,tal como eu fez referência ao Nobel concedido a Doris Lessing( meu Post de hoje).
Por fim, que texto e que ideia interessante lembrar-se dos livros que o marcaram na infância e adolescência. Os seus foram quase todos os meus, embora do José Mauro de Vasconcelos tenha lido todos ( e ainda os tenho). Do Jorge Amado também.Só que lhe juntei Castro Alves.De Eça, todos também, com marcada preferência pelo Primo Basílio ( aquele adultério e a chantagem da empregada deu-me volta à cabeça).
Li os Clássicos franceses todos, mas amei Stendhal com o Le Rouge et Le Noir. Florbela Espanca sempre, hoje e amnhã.
E José Régio, esse então...
Quanto ao "só sei que não vou por aí", curiosamente a quem vi dizê-lo melhor foi a Maria Bethânia.
E muitos mais.
Porque se há 2 coisas sem as quais não posso viver, é sem música e sem livros.
Um abraço

PS:Ah, já comprei o livro da Rosa Lobato Faria.Depois lhe digo o que achei.

Maria said...

Li-os todos. Todos. Ainda guardo religiosamente a colecção dos Cinco, da Enid Blyton...
Sophia, Florbela, Torga, Soeiro.... são parte da nossa História...

Bom fim-de-semana

João Roque said...

Amigo Luís
tanta coincidência e algumas referências.
A primeira é o facto de tanto tu como uma comentadora referirem a importância do Círculo de Leitores; é que é hoje o meu part time e adoro-o, pois estou entre livros: aconselho, discuto, falo e é tão bom ter amigos "de livros"...
Depois uma referência a uma autora que me marcou imenso, a Condessa de Ségur (como eu gostava daquele cão, o Médor, que falva connosco os dias bons e maus que ia tendo com os humanos...).
Os 5 e os 7, claro, mas antes Emílio Salgari e Júlio Verne (Miguel Strogonoff era o meu herói e dei várias vezes a volta ao mundo em 80 dias); O meu período francês com Camus à cabeça, mas com Sartre,
Vailland, Zola e Prévert, sem esquecer os meus mentores da outra parte do meu eu:André Gide e Roger Peyrefitte.
A poesia, antes com Florbela, cujo único erro foi vivr antes do seu tempo, Botto, claro, e agora e sempre, Sophia, Andrade, Régio e... Pessoa. O teatro de Santareno e a alegria e força de Natália...
É melhor parar, senão monopolizo-te o blog.
Bom fim de semana e um bom livro na mão.
Abraço.

della-porther said...

Luis

como grande é a cidade , te acomodei no(a) Varandá.

beijos

della
http://ovaranda.blogspot.com

Ana Paula Sena said...

Olá, Luís! :) É sempre óptimo passar por aqui porque o seu universo é muito o dos livros, pelo que vou aqui vendo...
Acontece que o meu também existe repleto do fascínio pelos livros, não só como literatura em si, adoro o livro como objecto mesmo, também.
Na sua lista tão marcada, certamente, pela afectividade, reencontrei vários títulos que também li vorazmente e dominada pela curiosidade. E que nunca esquecerei. O Círculo e as bibliotecas itinerantes devem recordar-se com muita gratidão. O que eu fui buscar aí! :)
Os livros que lemos nessas épocas da nossa vida são aqueles que em grande medida nos formam.
Parabéns, pois considero-os excelentes leituras.
Beijinhos e bom fim-de-semana!

BlueVelvet said...

Luís,
voltei para lhe dizer que deixei um presente para si no meu Blog.
Espero que goste.

Maria P. said...

Excelentes recordações neste post!

Houve uma colecção que não perdi, e ainda gosto, "A Anita"...a minha imaginação voava naquelas histórias.

Bom fim-de-semana e um beijinho Luís*

Mar Arável said...

A Promessa do Bernardo Santareno

representei

no Circulo Eperimental De Teatro de Aveiro onde fui jovem diretor.

Boa memória

Abraço

Jonice said...

Que coisa gostosa ler este post! E a cabeça, parecendo um aparelho esterofônico com suas duas caixas de som, reproduzia em uma tuas palavras e na outra minhas lembranças literárias. Meu Pé de Laranja Lima foi um marco muito importante na minha adolescência também. De Jorge Amado, o Capitães da Areia. Da Condessa de Ségur, não lembro o título... tinha um cão São Bernardo que levou o garotinho enfraquecido pela fome intensa até a estalagem... local que tinha um nome parecido com anjo da guarda, se não me falha a memória. O Pequeno Príncipe deixou uma marca d'água! Monteiro Lobato e as adoráveis Reinações de Narizinho...
Ah... que gostoso ler-te e viajar no tempo.
Obrigada, Luís!
Um beijinho :)

Jasmim said...

Olá Luís
Apraz-me constatar que na minha infância adolesc~encia li muitos dos livros que enumera na sua lista.De todos "O meu pé de laranja lima" e os "Bichos" forma os mais marcantes. Fora todos os outros que li e que criaram em mim uma bagagem capaz de sair do meu pequeno mundo e chegar até aqui com todos os atropelos, empurrões e aconchegos...
Conheço pessoalmente a Inês e sei como o que ela "imprime/exprime" quando fala de livros.
Obrigada pelo seu post, como habitualmente, deliciosamente escrito.
Domingo harmonioso

avelaneiraflorida said...

Caro Luis,
Nem sei por onde começar...
a minha vida são os livros, nela couberam todos os que foram mencionados e muitos outros que não caberiam aqui...
Aliás, tenho além de estantes, no verdadeiro sentido da palavra, autênticas pilhas de livros por tudo quanto é espaço...
e NUNCA ME CHEGAM!!!!
Não sou capaz de dizer qual o livro que mais me marcou...foram tantos , cada um em seu momento!!!!
Mas Júlio Verne acho que me "desestabilizou" muito...e dele parti muitas vezes para o sonho!!!
Romances, até o "proibido" Rosa do Adro devorei!!!!! Poesia, tudo, tudo, até os papéis que os cegos de Lisboa davam a troco de uns tosrões enquanto tocavam aquelas tragédias amorosas...
Mas também a BD! os quadradinhos que sempre me levaram ( e levam)para outra dimensão!!!!
Não posso passar sem os meus LIVROS,AMIGOS FIÉIS!!!
Se um dia deixar de ler, como já quase aconteceu, deixarei de ser!!!!

UM BOM RESTO DE DOMINGO E BOAS LEITURAS!!!!!!
BJKS

Lúcia Laborda said...

Oie Luis! Sem dúvidas, um belo post! Gostei imensamente de sua lista e alguns também colocaria na minha, se assim fizesse; Alice, Meu pé de laranja-lima, etc... Mas acrescentaria o meu de cabeceira: Hassan do autor FLávio Cruz. Mensagens para o dia a dia, lindas demais!
Boa semana!
Beijos

Sol da meia noite said...

Os livros permitem-nos viajar pelo tempo e espaço... Permitem-nos conhecer tanta gente, assistir a tantos acontecimentos que marcaram a História...
Ler, uma forma de crescer...

*

vida de vidro said...

Quase todos esses foram marcantes para mim. E tantos outros... O livro é sempre uma companhia e um enriquecimento. **

Anonymous said...

Eu fiz a mesma lista, já se vão alguns meses e ela permanece inalterada:

* Haroun e mar de histórias - Salman Rushdie
* O Porquê de todas as coisas - Quim Monzò
* Um, Nenhum e cem mil - Luigi Pirandello
* A Boca do Inferno - Otto Lara Rezende
* A dama do Cachorrinho e outras histórias - Tchekhov
* O Homem que amava as mulheres - Truffaut
* Consciência de Zeno - Italo Svevo
* Lolita - Vladmir Nabokov
* Primeiras Estórias - João Gumarães Rosa (O maior escritor brasileiro, que me perdoem os fãs de Machado)
* Lavoura Arcaica - Raduan Nassar

Nem precisa dizer que sou brasileiro.

Vulcano Lover said...

É miuto difícil fazer uma lista como a que fizeste... Mas concordo contigo em que si eu a fizesse, as razões da escolha seriam masi ou menos as mesmas que as tuas.
;-)
Beijos.

tufa tau said...

tanta coisa que não esquecemos
e os livros?
sim, muitos deles nunca esqueceremos!
talvez alguns também se lembrem de nós, dos nossos olhos atentos na leitura...
abraço

SA said...

li os numeros: 6;8; 11; 13 e 16... de entre esses o de jorge amado e o meu favorito :)

D. Maria e o Coelhinho said...

Na minha infância a minha cabecinha não dava para ler alguns dos livros da tua lista. Li-os mais tarde. No entanto, dos que li mais tarde eu apontaria um: Geração perdida do Aldous Huxley.

E, não estou a brincar, aconteceu, nunca consegui gostar de Alice no País das Maravilhas, achava tudo aquilo de grande agressividade. Não sei o que sentiria se o lesse agora, possivelmente seria diferente.


Coelhinho

santiago said...

Já por aqui tinha passado. Não me recordo se escrevi algo. Prabéns pelo seu espaço.

Anonymous said...

ah, foram vários os livros de minha infância e juventude, é uma boa idéia fazer uma lista dos mais importantes. Vou pensar nisso.

Agora, no topo da lista dos livros que eu li após passar pela juventude adolescente, está sempre A Insustentável Leveza do Ser, que mexeu enormemente comigo.

Telejornalismo Fabico said...

*




dois dos teus que estão na minha lista dos que sempre releio com avidez: Alice no país das maravilhas e O Monte dos Vendavais - que no Brasil é traduzido como o Morro dos ventos uivantes.

não importa a fase da vida, eles sempre têm algo de novo e instigante a me dizer.




*

isabel mendes ferreira said...

as memórias que fazem da adolescência um lugar de "voltar" nem que seja virtualmente!



___________________



abraço.

BlueVelvet said...

Olá Luis,
na falta de Post novo, reparei no Poema que está ao lado.
Coisa linda de morrer" até ao Abismo da Ternura Derradeira".
Que bom seria ter essa mão.
Um abraço

Maria Faia said...

Olá Amigo,

Quantas memórias este teu artigo literário reavivou em mim neste momento. Sobretudo Fernando Namora encantou muitos dos meus dias de adolescente, não só pela sua escrita simples e bastante real, como também pela sua própria história de Homem inconformado e lutador.
Os Cinco ou os Sete, quem não se lembra de sencantar com suas histórias arrebatadoras e rebeldes?

Lindos momentos agora revivi.
Obrigado amigo.

Um abraço,
Maria Faia

Lúcia Laborda said...

Oie Luis! Passei pra lhe ver e deixei beijinhos...

firmina12 said...

quando eu tinha uns quinze anos, o que mexeu mesmo copmigo, ao ponto de ter que esconder sob a almofada, e que há pouco tempo encontrei todo sublinhado, foi a "Imitação do prazer"do casimiro de brito, livro que trazia às escondidas do quarto do meu irmão e depois, pela mesma altura, li o quarteto de alexandria até à exaustão e jurei que havia de ser muma espécie de justine, quando fosse grande.
agora que já sou grande, tenho outras eleições literárias e flutuo muito "em busca do tempo perdido"

Anonymous said...

Meu "brother" Luís,
Existem tantos livros que igualmente nunca esqueci, tantos registos que me ajudaram a crescer e a ser gente...

A frase de Proust é inteiramente válida para mim. Alguns dos livros que referes, fizeram tb parte do meu crescimento.


Bela a tua crónica, aliás como sempre.

Abraço e excelente fim de semana, meu amigo

Mel

isabel said...

parece-me que temos raízes idênticas (évora!?). que saudades. do cheiro do forno de lenha na rua.

quanto aos livros, aquele cheiro, das folhas, da capa. os cinco, as gémeas, povoaram as tardes de sábado da minha infância.

Maria Eduarda Colares said...

Que maravilhosa viagem que nos proporcionas neste post, Luis. Adorei demorar-me nas recordações e emoções que despertaste. E é bom ver como tanta gente reagiu trazendo para aqui as suas próprias memórias. Que comunidade acolhedora e aconchegante que conseguiste. Parabéns.
um beijo

Fernando Pinto said...

Gosto de ler e de quem lê...

Abraço

dora said...

este - o da casa Fernando Pessoa, o teu aqui - é o tipo de propostas ping ... inevitável o pong no outro, inevitável não mergulhar. ( bom )