"Não somos melhores nem piores.
Somos iguais. Melhor é a nossa causa."
Thiago de Mello
Carme Chacón Piqueras, cabeça de lista pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) por Barcelona, é a Ministra da Defesa do governo de José Luis Rodríguez Zapatero. O novo Governo está carregado de símbolos a favor da igualdade. A Ministra mais nova tem 31 anos e a Defesa é chefiada por grávida. É o primeiro Executivo da democracia a ter uma mulher na política castrense; o primeiro com um ministério (a sério) para a Igualdade e também o primeiro com mais ministras (nove) do que ministros (oito). Independentemente do que vão ser as opções destas mulheres, o facto de existirem enquanto protagonistas de relevo representa uma mudança fundamental. Tal como no caso da cor, no do género, a negação teórica ou prática do exercício dos seus direitos, ou a menorização, a que pretexto for, das suas capacidades com base em falsas questões não só é injusta como resulta num prejuízo incomensurável para toda a sociedade que essas pessoas poderiam servir. Alguma coisa começa a mudar, pelo menos em terras de Juan Carlos. Carme Piqueras tem trinta e sete anos e está grávida de sete meses e passa, assim, revista às tropas! Com o parto previsto para o Verão, já afirmou que será o marido a utilizar o período de licença mais longo que a lei espanhola concede ao casal. Existem vários motivos para desejar que Zapatero continue à frente do governo espanhol, mas para já registe-se a admirável política de defesa dos direitos civis e a diversidade. A expressão mais enriquecedora da vida humana é a sua diversidade. É dever de qualquer Governo facilitar e reforçar a diferença a fim de chegar a um mundo mais justo para todos. Há uma Espanha moralista, pelos vistos apoquentada com essa audácia e ameaça com o 'index' da aniquilação da família tradicional. Mas age bem o chefe do Governo em não dar justificações. Embora estorvando o ditado tantas vezes nomeado, e deixando de parte os casamentos, que de Espanha persistam os bons ventos. Congemino acerca da reacção dos generais portugueses se, também eles, tivessem de bater a pala e fazer continência a uma mulher. Começo a simpatizar com Zapatero…
Somos iguais. Melhor é a nossa causa."
Thiago de Mello
Carme Chacón Piqueras, cabeça de lista pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) por Barcelona, é a Ministra da Defesa do governo de José Luis Rodríguez Zapatero. O novo Governo está carregado de símbolos a favor da igualdade. A Ministra mais nova tem 31 anos e a Defesa é chefiada por grávida. É o primeiro Executivo da democracia a ter uma mulher na política castrense; o primeiro com um ministério (a sério) para a Igualdade e também o primeiro com mais ministras (nove) do que ministros (oito). Independentemente do que vão ser as opções destas mulheres, o facto de existirem enquanto protagonistas de relevo representa uma mudança fundamental. Tal como no caso da cor, no do género, a negação teórica ou prática do exercício dos seus direitos, ou a menorização, a que pretexto for, das suas capacidades com base em falsas questões não só é injusta como resulta num prejuízo incomensurável para toda a sociedade que essas pessoas poderiam servir. Alguma coisa começa a mudar, pelo menos em terras de Juan Carlos. Carme Piqueras tem trinta e sete anos e está grávida de sete meses e passa, assim, revista às tropas! Com o parto previsto para o Verão, já afirmou que será o marido a utilizar o período de licença mais longo que a lei espanhola concede ao casal. Existem vários motivos para desejar que Zapatero continue à frente do governo espanhol, mas para já registe-se a admirável política de defesa dos direitos civis e a diversidade. A expressão mais enriquecedora da vida humana é a sua diversidade. É dever de qualquer Governo facilitar e reforçar a diferença a fim de chegar a um mundo mais justo para todos. Há uma Espanha moralista, pelos vistos apoquentada com essa audácia e ameaça com o 'index' da aniquilação da família tradicional. Mas age bem o chefe do Governo em não dar justificações. Embora estorvando o ditado tantas vezes nomeado, e deixando de parte os casamentos, que de Espanha persistam os bons ventos. Congemino acerca da reacção dos generais portugueses se, também eles, tivessem de bater a pala e fazer continência a uma mulher. Começo a simpatizar com Zapatero…
19 comments:
Também aqui (e como esta música!) se nota essa diferença, não é?
Um abraço...
teremos então, talvez, o/a mais novo/a ministro/a por simpatia...
gosto sempre de te vir ler, luís
abraço
luísa
Fantástico!
Não é que começo também a simpatizar com o Zapatero, sim porque contigo já simpatizo há mais tempo:)))
E esta música...
Hum...
Beijinhos e bom fim-de-semana
é impressão minha ou and atudo muito femininista? A Blue escreve um conto macho, tu...
bom fim de semana
Amigo Luís
eu há muito que sinto simpatia por Zapatero, que sem guerra de palvras, mas com actoe se opôs à toda poderosa Igreja espanhola, muito mais conservadora que a nossa e fez na questão da igualdade catapultar a Espanha para a frente dos países mais avançados do mundo. Este seu segundo governo só mostra que é mesmo um político moderno e despegado das características habituais dos velhos políticos, mesmo que carismáticos.
O carisma é assim que vai tomando forma...
Abraço...e até mais logo.
E começo com a frase com que terminaste:começo a simpatizar com Zapatero. Que de Espanha comecem a soprar bons ventos.
Beijinhos
Que soprem os ventos de espanha...
Beijinho e bom fim-de-semana*
A questão, a meu ver, não é tanto a presença de mulheres no governo, nem sequer na Defesa, mas sim isso ser encarado por Zapatero como perfeitamente normal, são pessoas a exercer um ministério, o seu género é indiferente. Ao contrário, Portugal teve ministras, uma delas primeira, mas sempre encaradas como "fazendo o papel de homem" :-(
é pena que seja notícia, novidade, algo tipo "o homem que mordeu o cão", quando deixar de ser será dia para nos alegrarmos, mas então será tão natural que, tal como tudo o que nos habituamos a receber como se estivesse garantido, não nos despertará o espírito para o elogio.
Amigo Luís,
A meu ver não se trata de uma questão masculino /feminino...
Será mais importante pensar em Qualidade, Profissionalismo/ Inteireza de carácter...
todas elas se encaixam quer em homens quer em mulheres!!!! Se o mundo da política SOUBER / QUISER entrar "por aí" talvez muita coisa ainda possa mudar nos dias que chegam...quer de Espanha, quer de outros lados do mundo!!!!
É sempre bom ver, sangue novo e gente bonita...
Doce beijo
Já simpatizava com ele. Enfrenta o "touro pelos cornos". Por mais natural que queiramos fazer parecer a questão da paridade no governo, não conseguimos ficar indiferentes.
Bom fim de semana, Luís.
Quando é que NÓS, temos um governo que deixa de ser retrograda e preso com correntes da politica do seculo passado...
Que persistam os bons ventos e que soprem rápido! Sempre gostei de Espanha, ao contrário da ideia sediça e bolorenta que por cá se arreigou, e também sempre nutri alguma simpatia por Zapatero. Agora mais do que nunca, claro. E a justificação é fácil e está à vista: parece que ele quer dar vida e corpo ao tão propagado slogan da paridade. Assim parece; a ver vamos.
Obrigada pelas tuas palavras.
Gostei muito do jantar e de juntar um rosto às palavras que há muito conheço.
Beijinhos e mais uma vez, obrigada!
Conheço muitos generais portugueses e posso te assegurar que têm respeito pelas mulheres, falta agora é encontrar uma ministra tão bonita e tão sensual ! Conheças alguma ????
Beijinhos verdinhos
Por cá as mulheres em altos cargos de governação ainda são muito raras, então grávidas ainda pior.
O jantar foi óptimo gostei de te ter conhecido ainda que tivéssemos falado muito pouco.
Um abraço.
Sim, o zapatero tem essa forma subtil de fazer mudar as coisas. Agora o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo já se está a ver com normalidade. E também será no futuro ver uma mulher grávida à frente do ministero da defesa. É provável que sejam so gestos, mas eu acho que esses gestos fazem com que avançemos para um futuro melhor.
A pergunta capital para mim é: São competentes e preparadas para a função que vão desempenhar?
Se sim, não vejo onde estará a surpresa.
Agora se foram escolhidas só por serem mulheres, é aquilo a que se chama, uma verdadeira estupidez. Tão estupidez como escolher um homem para uma função governativa, apenas porque é do partido do governo.
Quanto ao estar grávida e receber a continência, já os militares portugueses o faziam, no tempo de D. Maria. Não vejo onde está a "modernidade".
Foi um prazer conhecer-te. Espero que haja uma próxima oportunidade para podermos conversar melhor.
Abraço
Estas imagens e esta opção do Zapatero só vem provar que algo que está a mudar, muito lentamente é certo.
E o facto de aquela mulher estar grávida e à frente de tropas, só prova que a gravidez em nada nos debilita, pelo contrário, torna-nos tão ou mais fortes que os homens.
Gostei deste blog, vim através da Ka.
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