Entrando directamente na história: Jeremy é o dono de um café familiarizado a ouvir os casos amorosos dos clientes. Uma noite recebe a visita de Elizabeth, uma jovem mulher de coração partido com quem conversa madrugada adentro. Os dois passam a encontrar-se, noite após noite. Elizabeth, confusa e determinada a libertar-se do passado, parte em viagem. Atravessa os EUA escrevendo cartas para ele. Conhece novas pessoas que a ajudam a perceber os caminhos do amor.
Ambos foram abandonados. Estão vulneráveis. Ela desmaia de bêbada. Ele, obedecendo a um irresistível impulso, beija-a. Um interessante Jeremy que conhece as pessoas por aquilo que pedem no cardápio. Sendo a primeira vez de Elisabeth no café, no final da refeição sugere-lhe algo especial. Algo que ninguém pede, mesmo assim ele prepara todas os dias. A tarte de Blueberry (uma fruta parecida com amora). E Elisabeth saboreou com gosto! Aquele café, além de um ponto de encontro, torna-se também um ponto de separações. Dão-lhe as chaves dos corações desfeitos. Ele guarda-as por talvez achar que algum dia se abrirão. No final, descobre que….
Este filme é um prodígio do ponto de vista musical, da fotografia, de um argumento que podia parecer apenas mais uma história de amor. Todo um universo agitado, mas tranquilizador, de cores fartas e ambiências sonoras de imensa melancolia. É perante este misto de road movie, concebido sob a forma de um longo tema blues, que me ficou, também, a vontade de ir lá comer aquela tarte de blueberry …
Ambos foram abandonados. Estão vulneráveis. Ela desmaia de bêbada. Ele, obedecendo a um irresistível impulso, beija-a. Um interessante Jeremy que conhece as pessoas por aquilo que pedem no cardápio. Sendo a primeira vez de Elisabeth no café, no final da refeição sugere-lhe algo especial. Algo que ninguém pede, mesmo assim ele prepara todas os dias. A tarte de Blueberry (uma fruta parecida com amora). E Elisabeth saboreou com gosto! Aquele café, além de um ponto de encontro, torna-se também um ponto de separações. Dão-lhe as chaves dos corações desfeitos. Ele guarda-as por talvez achar que algum dia se abrirão. No final, descobre que….
Este filme é um prodígio do ponto de vista musical, da fotografia, de um argumento que podia parecer apenas mais uma história de amor. Todo um universo agitado, mas tranquilizador, de cores fartas e ambiências sonoras de imensa melancolia. É perante este misto de road movie, concebido sob a forma de um longo tema blues, que me ficou, também, a vontade de ir lá comer aquela tarte de blueberry …
20 comments:
Estimado Amigo Luis,
Neste final de dia do Trabalhador e da Espiga, trago-te um beijo embrulhado em Liberdade.
E, acabo por levar mais uma excelente sugestão.
Obrigado.
Maria Faia
Hummmm, e esta hein?
"Apanhaste-me" completamente descalço em relação a este filme...tenho que investigar para saber mais...
Abraço e bom fim de semana.
Bela e intimista sinopse. :)
...olha, agora fiquei curioso!
Acabei de ver e... os Outros são o nosso espelho!
MJ
Ultimamente, tenho ido pouco ao cinema. Nada sabia deste filme mas levo a sugestão.
A torta de blueberry convida! :)
as "sugestões" que sempre por aqui vejo fazem-me sentir uma grande frustação pois raramente posso ir seja onde for (é verdade).
um beijo
Não perdeste tempo e aproveitas-te o feriado para uma escapadela cinematográfica. Um filme do Wong Kar Wai é sempre algo de especial mas ainda vou ter que esperar quase uma semana para o ver.
Um abraço.
Parece ser o ideal para Maio, o nosso mês...
Beijinho Luís*
It sounds just perfect, Luís!
Bom fim de semana
Pudera eu levar-lhe a torta de blueberry daqui do Serendipity!
Olhe lamento informá-lo que tem um prémio para levantar lá no meu bistrô:)))))
Beijinhos e veludinhos
obrigada.
MUITO.
beijo.
Amigo Luís,
mais uma vez aqui chego...e daqui levo uma sugestão com carácter de urgência!!!!
"Brigados" pela partilha!!!
Este já constava da minha lista para os próximos tempos. A ver vamos...
Bjs
È toda a verdade e nada mais do que a verdade,,,, e muito bem contada....
Fui ver esse filme ontem: é tudo o que escreves e muito mais.
Tão bonito...
Fiquei com vontade de assistir esse filme!!
Beijos
http://sex-appeal.zip.net
http://cara-nova.zip.net
Aiiiiiiii Luís!!! nem vais acreditar! há minutos atrás lia uma crítica sobre este filme e marquei para ir ver na semana que vem!!!! tem coisas incríveis mesmo!
Tenho andado um bocadinho por fora e portanto sem deixar aqui o meu rasto! mas visitar-te é uma constante.
Um abraço para ti!!!:)
é a primeira vez que comento depois de ter visto o filme de que falas. vi-o ontem.
a música é muito, mesmo muito boa. a actuação da norah jones como principiante é notável, na sua simplicidade. não saí da sala fascinada. fiquei também com vontade de ir lá comer a tarte que, contrariamente tradução, também digo ser de amora.
beijo
luísa
"Quem não é capaz de enfrentar um escândalo por amor, não é capaz de amar..."
in Semanário, 1986
uma forte citação de Natália Correia.
Quanto ao filme fui vê-lo hoje, gostei muito e numa altura o que o meu sabor do amor tem um travo a fel, sabia-me bem, para variar, uma tarte de mirtilos...
Olá Luís
Convido-te a vires espreitar o meu novo «De Abril em diante» e, vejas o título que dei ao post que fiz sobre este filme que também gostei de ver.
Pelo título ninguém lá iria ter...
Ontem fui a Lisboa e há que tempos que desejava voltar ao King e assim fiz, fui finalmente ver: Irina Palm.
Já não ia ao King há uns 5 anos, é tal e qual, como sempre, um lugar calmo, muito sossegado, silêncio, éramos 3 mulheres na sala, apenas e só.
Todas iam sózinhas.
A solidão prolifera por todos os recantos do planeta, cada vez mais.
Bom fim de semana.
Beijinho.
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